Retrospectiva Yu-Gi-Oh! - Parte 2 (2006) | Yu-Gi-Oh!

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Publicado em 27/04/2019
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No nosso último post falamos sobre toda a história por trás do início do jogo e terminamos no "Goat Format", que marcou a transição entre a "era clássica" e a "era GX" - que recebeu esse nome em homenagem ao Anime que foi ao ar na época. Tecnicamente, porém, o GX já estava no ar desde o final de 2004 no Japão, e desde meados de 2005 no resto do mundo. A verdadeira transição começou com a coleção Cybernetic Revolution, que mencionei de forma breve no último post. Apesar do Dragão Cibernético ter acelerado o jogo, ele não foi o único responsável. Em 2006, o jogo como um todo passou por uma grande evolução. Se durante a era clássica as estratégias giravam em torno de lentamente ir esgotando os recursos do oponente e ganhando controle de campo, a partir da era GX, começou então o período conhecido como "One Turn Kill Format", ou também chamado de "Era OTK".

Embora já houvessem alguns Decks inconsistentes e enigmáticos (por serem únicos naquela época) de One Turn Kill antes da era GX, foi a partir dela que verdadeiramente se viu um grande aumento de número de Decks que podiam facilmente lidar com os 8000 ou mais Pontos de Vida em um único turno. O jogo estava mais veloz, e os combos estavam começando a surgir. Então vamos enfim, contar um pouco mais da história do jogo. 

 

2006

O início de 2006 serviu como uma continuação do formato de Outubro de 2005, com os mesmos Decks ainda sendo os mais relevantes no Meta, e o Chaos Warrior Toolbox estando no topo. Uma das grandes mudanças, no entanto, foi a tendência ao uso de Armadilhas mais agressivas, pesadas e poderosas. Enquanto alguns Decks como os Monarchs já usavam comumente cartas como Armadura Sakuretsu, Ruína Generalizada, Sete Ferramentas do Bandido e Trap Dustshoot desde o final de 2005, os grande torneios do início de 2006 começaram a ver essa tendência se espalhar para um grande conjunto de Decks. O formato também passaria por outra mudança com a chegada do Sapo Arbóreo em Fevereiro de 2006, na coleção Shadow of Infinity. Isso foi capaz de melhorar muito a capacidade de Invocação-Tributo de muitos Decks, o que fez com que os Monarchs passassem a frente no cenário competitivo, já que tinham maior facilidade de serem Invocados. 

Foi com o aumento da popularidade dos Monarchs que muitos jogadores começaram a se mover mais para o uso do Zaborg o Trovão Monarca em vez do já usado Mobius the Frost Monarch. Como o Zaborg podia destruir um monstro na sua Invocação, ele se encaixava melhor com o Meta da época que estava cada vez mais voltado pra destruição de cartas desde do final de 2005. No entanto, apesar do aumento de popularidade dos Monarchs, o Deck Chaos Warrior Toolbox ainda conseguia dominar o formato, mesmo sendo ameaçado.

Este formato do início de 2006 também viu a introdução de um novo Deck que moldaria o Meta daqui pra frente: Stein OTK. O Cyber-Stein era originalmente uma carta promo de torneios, e por isso não era de fácil acesso para todos os jogadores, porém ele foi reprintado apenas como uma carta Rare na coleção Dark Beginning 2, no início de 2005. Contudo, a prevalência da Metamorfose no Meta de 2005, tornou o Cyber-Stein supérfluo, já que muitos dos Fusion Monsters disponíveis naquela época podiam ser Invocados com um custo bem menor do que o do Cyber-Stein. A limitação do Metamorfose, em Outubro de 2005, no entanto, abriu caminho para o uso do Cyber-Stein no Meta do início de 2006. As primeiras interações do Cyber-Stein nos Decks se concentrou em usá-lo para Invocar o Cyber Twin Dragon ou o Cyber End Dragon e depois equipá-lo com Megamorph para dar um OTK no oponente.

O formato de 2006 passaria por uma mudança significativa após a Forbidden & Limited List de Abril. Essa lista fez algumas mudanças no Meta, mais notalvemente a limitação D.D. Assaltante, e até mesmo dos recém lançados Sapo Arbóreo e do Pote da Avarice. O Sapo Arbóreo já tinha sido notado como essencial em Decks de Invocação-Tributo e podia Invocar os poderosos monstros Monarch com extrema facilidade. Já o Pote da Avarice se tornava extremamamente fácil de se explorar como um Pote da Ganância, já que era muito fácil encher o Cemitério de monstros pelo efeito do Mercador Mágico, que era muito usado como Staple Card da época.

Depois dessa nova lista, o Meta não muda radicalmente, mas os principais Decks do formato deixaram de usar a Engine Warrior. Em seu lugar, os jogadores começaram a usar uma nova versão do Deck Chaos com um estilo de jogo mais definido, aproveitando o lançamento de uma nova carta-chave que definiria o melhor Deck do formato: Return from the Different Dimension. Essa carta poderia ser usada em conjunto com 3 cópias do Feiticeiro do Caos para encher a zona de cartas banidas, e então ativar a Return from the Different Dimension e encher o campo para finalizar o oponente. Essa nova variante do Deck Chaos, chamado de Chaos Return causaria um impacto quase que imediato após vencer o Shonen Jump Championship logo após a lista de Abril ter entrado em vigor. O Deck então ia dominar o formato, relembrando os tempos de glória do antigo Deck Chaos. Na maior parte do tempo, o Deck era muito similar ao antigo Chaos Warrior Toolbox, com alguns pequenos ajustes. O primeiro deles foi a introdução de um núcleo Monarch. Enquanto durante muito tempo o principal deles havia sido o Mobius, principalmente antes da Lista de Abril, um outro Monarch, já usado em seu próprio Deck acabou chamando a atenção de outros Decks: Zaborg, the Thunder Monarch. Zaborg teve um aumento nas builds por vários motivos. O principal deles foi que a lista de Abril trouxe de volta a Força do Espelho de volta ao jogo. Isso fez com que o número de Armadilhas nas builds fossem muito menores, uma vez que a Força do Espelho poderia fazer o trabalho de inúmeras outras Armadilhas mais fracas que eram previamente usadas no formato, fazendo com que a remoção de Backrows que o Mobius fazia ser menos crucial. Além disso, com o uso do Feiticeiro do Caos também fez com que a remoção de monstros fosse muito importante, ao mesmo tempo em que precisava de monstros de LUZ para ser Invocado. Esses fatores juntos levaram ao aumento da importância do Zaborg como carta-chave do formato.

Houve também algumas mudanças adicionais no cardpool e nos staples do jogo. A primeira, e talvez a principal delas foi o aumento do uso contínuo do Dragão Cibernético. Apesar do Dragão Cibernético ser de uso quase que obrigatório em todos os Decks do "Goat Format", eles eram comumente usados em apenas 1 cópia. No entanto, com a natureza mais agressiva do Chaos Return, ele passou a ser comumente usado em 3 cópias. Outra carta que viu jogo nessa época era o Dekoichi, a Locomotiva da Canção de Batalha. Essa carta já era comumente usada em Decks de Monarchs, para acelerar a busca de recursos do Deck, mas agora, para tentar se livrar mais rápido da ameaça do Chaos Return, eles também eram usados em 3 cópias em quase todos os Decks, para conseguir achar os recursos necessários para virar o jogo.

O outro principal Deck desse formato era o Monarch Control. Este Deck era uma evolução natural do Deck Monarch, que já haviam tido sucesso no formato anterior, mas ao mesmo tempo também acabava por ser uma variante do Deck Chaos, já que a adição do Zaborg e de outras cartas como Return from the Different Dimension davam ao Deck um estilo de jogo muito parecido, com a diferença de que era focado na Invocação-Tributo. Apesar disso, o Deck ainda dependia muito de Flip Effect para administrar seus recursos, enquanto usava o Sapo Arbóreo e o Ceifeiro de Espíritos para manter a presença de campo e Tributá-los para Invocar seus principais monstros. Uma das principais novas Tech Cards para os Monarchs era a Troca de Almas. Essa carta já existia desde 2002, pois havia sido lançada no Starter Deck do Yugi, mas nunca tinha visto um jogo competitivo até esse ponto. Porém a ênfase de se remover monstros do oponente do campo e a necessidade de conseguir Invocar os Monarchs mais facilmente, fez com que essa carta ganhasse importância a partir daquele momento. Não foi, no entanto, tão usada nos Monarchs como seria depois, isso porque, muitos dos Decks Monarchs ainda usavam a variante do Chaos, e não precisavam trazer os Monarchs tão rápido para o campo, já que tinham no Feiticeiro do Caos, uma opção mais viável.

Juntamente com esses dois Decks, um outro Deck continuava correndo por fora e permanecia com uma força considerável no Meta, mas não era tão dominante. O Stein OTK. Embora o Stein OTK estivesse na espreita desde do fim de 2005, ele nunca havia engrenado de fato no Meta. No entanto, o recente uso do Zaborg, combinado com um antigo facilitador de OTK dos tempos do Cientista Mágico fez com que esse Deck pudesse enfim competir. Essa carta era Testamento. Essa carta permitiu um combo entre o Zaborg e o Cyber-Stein. O combo exigia que o jogador que tivesse Zaborg e Last Will, fizesse a Invocação-Tributo dele e, então Testamento seria ativada e Invocaria por Invocação-Especial o Cyber-Stein. Então ele poderia Invocar o Dragão Gêmeo Cibernético, que junto com o Zaborg, e podendo atacar duas vezes, causava o dano exato de 8000 pontos para o oponente. Essa combinação começaria a realmente "pegar" em Junho de 2006 durante a temporada dos Nacionais. Mais notavelmente, Calvin Tsang conseguiria fazer esse combo dentro do Deck de Chaos Return (o que não era tão comum, pela falta de sinergia entre as duas mecânicas) e ganhar o Canadian National. O que talvez tornasse esse combo mais poderoso, é que ele poderia ser feito usando somente 1 cópia de cada carta. Este fácil acesso visto no Canadian National foi o suficiente para que o torna-se uma mecânica básica em qualquer Deck do formato. Eles estavam em todos os Main Decks ou Side Decks, dependendo da matchup, já que apesar de forte, esse combo era suscetível a qualquer Deck de Burn ou Beatdown, por conta do seu agressivo custo de 5000 pontos de vida.

E a última coisa a se notar nesse formato foi o rumo que o Deck Warrior Toolbox acabou levando consigo. Embora o Deck tenha dominado completamente o Meta de 2005, a limitação da D.D. Assaltante definitivamente colocou os pés no freio no Deck. A Engine no entanto, ainda sobreviveria, mesmo que de forma menos relevante. A nova versão do Deck agora consistia de apenas uma cópia de cada de D.D. Warrior Lady, D.D. Assaltante, Força Exilada, Don Zaloog e dependendo da build 1 ou 2 cópias de Cavaleiro da Lâmina ou Homem das Espadas Místicas LV2. Esses monstros eram associadas a 1 cópia do Reforço do Exército, embora algumas builds optassem em usar duas cópias dela. Embora a força do Warrior Toolbox tivesse diminuído drásticamente, eles não tinham perdido popularidade como um Deck. Uma nova variante desse Deck porém, surgiu em Abril de 2006, chamado de Rat Box. A versão Rat Box do Deck se desviava do caminho dos monstros de TREVAS, e agora se concentrava mais nos Guerreiros de TERRA para ganhar seus jogos. Essa variação se concentrou no uso do Rato Gigante para trazer diferentes monstros para o campo, algo muito semelhante ao já citado Tomato Control. Apesar do Rat Box ser presença constante em torneios locais, ele nunca causou um impacto sério no Meta durante 2006, conseguindo apenas obter um Top 8 no SJC.

O Chaos Return Format terminou em Setembro de 2006, com a Nova Forbidden & Limited List, que baniu o Feiticeiro do Caos. Essa nova lista teve um marco importante no jogo, pois marcou o formato como um dos mais curtos do jogo devido à mudança das datas em que a Forbidden & Limited List seriam lançadas no TCG. Antigamente, eram lançadas de 6 em 6 meses, em Abril e Outubro. No entanto, a Forbidden List de Setembro de 2006, marcou uma mudança, e a partir daí elas foram lançadas em Março e Setembro, afim de melhor se alinhar com as listas lançadas no OCG. Essa lista também viu o Ceifeiro de Espíritos ser limitado.

E por fim, o novo formato que surgiu dessa lista se centrou na principal carta que ainda tinha restado no TCG: Cyber-Stein. Enquanto o Deck Cyber OTK vinha correndo por fora antes da lista, com a agora verdadeira ascenção do Deck Monarch Control, o combo Zaborg/Last Will tornou-se cada vez mais dominante. Agora que os Monarchs tinham finalmente chegado no Topo, e se tornando o Deck mais forte do formato, algumas pequenas mudanças em suas builds começaram a acontecer. Essas mudanças foram iniciadas principalmente por Lazaro Belindo, que ficou em primeiro lugar no Regional de Boston, e por Ryan Spicer, que venceu o torneio em Austin. Essa nova variação, chamada de Lazaro/Spicer Monarch, remontou algumas formas dos Monarchs jogarem antes. Se antes o Deck era focado em Armadilhas de Batalha, para que os monstros fossem Invocados em turnos seguintes, e proteger os monstros Flips, agora o Deck todo estava focado em utilizar os diversos floaters para encher o campo e fazer a Invocação-Tributo. Entre esses floaters entraram o Mago Aprendiz e o Tomate Místico, além dos já utilizados Sapo Arbóreo e Ceifeiro de Espíritos. Esses Decks também costumavam usar os Monarchs mais agressivos. Enquanto os outros jogadores normalmente colocavam entre 2 e 3 cópias de Zaborg e Mobius, a versão de Lazaro costumava usar Zaborg e Thestalos, o Monarca da Tempestade de Fogo. Isso fez com que o Deck tivesse mais potência, além de pressionar muito mais o oponente. A nova versão do Deck também trouxe a tona 3 Magias que já tinha visto um uso em alguns Decks, mas nunca tinham se firmado no Meta: Troca de Criaturas, Controle Mental e Troca de Almas. Troca de Criaturas se tornou uma carta extremamente poderosa para o formato devido a sua habilidade de dar um floater para o oponente, como Sapo Áboreo ou o Tomate Místico por exemplo, para destruí-los e não ter que esperar um turno completo para ativar seus efeitos, dando muito mais velocidade e consistência para esses Decks. Já Controle Mental e Troca de Alma foram cartas muito importantes, e serviam para ajudar a dar monstros como Tributos para os Monarcas, enquanto limpava o campo do oponente. Outra engine que se tornou comum nessa época foi o uso do Espião do Coveiro. Ele era colocado em Decks para prencher um propósito similar ao do Mago Aprendiz, fornecendo um floater para o Deck, além disso ele era muito comum devido à sua maior DEF, tornando-o possível a sobreviver por um turno, enquanto se usavam outra cópia dele para Invocar os monstros Monarcas.

O Deck Lazaro Spicer/Monarch continuaria dominando o meta de todo o formato até meados de Novembro, com o lançamento da coleção Cyberdark Impact. Essa nova coleção introduziu uma nova carta, chamada Ataque de Corrente, que serviria como base para o mais novo Deck do jogo, chamado de Chain Burn. O Deck em si, era muito mais consistente e mais rápido do que o Stall/Burn, que fez sucesso durante o Goat Format, e até participou um pouco do cenário competitivo. Apesar disso, o Deck não tinha muitas divergências do seu antecessor, e também usava cartas como Accumulated Fortune e Jarra da Ganância, além de outras cartas genéricas de compra, que pudessem gerar diferentes Elos de Corrente, além de dar mais consistência ao Deck, que precisava comprar muitas cartas para ter o necessário para vencer em suas mãos. O aumento do uso do Deck de Chain Burn acabou por dizimar o que estava no meta: Cyber Stein OTK sofria com os constantes danos causados por efeitos, e acabava por não poder utilizar seu efeito, ao custo de 5000 LP, enquanto que o Lazaro Spicer/Monarch sofria por não poder parar o Deck, que era formado por muitas Quick-Plays e Normal Traps (que podiam ser ativadas em corrente, caso fossem alvo de efeito) e possuiam pouquíssimos monstros, o que não justificava o uso do Zaborg.

Apesar de ter sido amplamente dominado pelos Monarcas, o ano de 2006 ficou muito mais reconhecido pelo Deck Cyber Stein OTK. Isso porque o seu combo era muito rápido e fácil de fazer, o que quebrava os padrões daquela época. Tanto que, em Dezembro de 2006, a Konami lançou a primeira "Lista de Emergência" do jogo, uma lista simples, que somente baniu o Cyber-Stein, mas que foi responsável por mudar drásticamente o formato que seria jogado no próximo ano. 

Att, Cyberse Team BR!

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