Olá e sejam bem-vindos a mais um Boletim dos Artesãos, contendo tudo o que de mais importante acontece no mundo de Magic: the Gathering. Nessa semana tivemos dois grandes eventos para o jogo. Na parte de lançamentos tivemos a estreia de Commander Legends: Batalha pelo Portal de Baldur. Já pelo aspecto do Jogo Competitivo tivemos o Campeonato de Nova Capenna, selando as últimas vagas para o Mundial. Vamos lá!

Combinação Lendária

A parceria entre Dungeons and Dragons e Magic: the Gathering deu mais que certo em Adventures in the Forgotten Realms, lançada para o Standard há poucos meses, de forma que um repeteco não ia demorar. E ele já chegou, trazendo o clássico RPG dessa vez nos moldes de Commander Legends.

O set, pelo menos o revelado até o momento, consegue um feito que é se apoiar em ambos seus antecessores, mas sem parecer uma cópia barata. Por exemplo, dessa vez também temos uma mecânica similar aos Parceiros, mas adaptando um aspecto de D&D que nem sequer foi explorado em Forgotten Realms, os “antecedentes”.

Tudo funciona muito fácil. Você pode parear qualquer comandante que pode “escolher um antecedente” com qualquer um dos encantamentos do tipo que você encontrar e ambos ficarão na sua Zona de Comando, podendo ser conjurados a qualquer momento. Os antecedentes amplificam o poder de seu comandante e permitem que seja trivial um deck de duas cores no contexto de draft do set.

Outra mecânica de D&D que é adaptada aqui é a de “tomar a dianteira” que liga o combate em ambos os jogos. O gameplay da dianteira é quase idêntico ao da mecânica de Monarca, ou seja, tomado por dano de combate quando introduzido por uma mágica. Os bônus, porém são muito diferentes, já que a dianteira te leva a uma nova masmorra, O Submundo.

O Submundo é curioso porque se integra bem à mecânica de se aventurar em masmorras de Forgotten Realms, mas de forma paralela, sem se encostarem muito. Quando uma carta te diz para “se aventurar no submundo” você pode avançar em qualquer masmorra já aberta, mas só pode abrir o Submundo. De forma recíproca, quando você “se aventurar um uma masmorra”, de forma genérica mesmo, você até pode avançar no Submundo se ela já estiver aberta, mas só pode abrir uma das masmorras de Forgotten Realms.

O set também traz mecânicas que não são inéditas. O tema de dragões é imprescindível para a combinação e está de volta. Além dele temos o retorno das Aventuras como vimos em Eldraine, de Miríade, uma mecânica 100% Commander que, aliada ao Submundo, deve ajudar a fechar jogos com mais facilidade e portões!

Os previews de Commander Legends: Batalha pelo Portal de Baldur ainda seguem e devem render muito durante a semana e isso sem falar Alchemy Horizons em julho. Fique ligado!

Começo do Fim em Nova Capenna

Neste fim de semana tivemos o Campeonato de Nova Capenna, fechando essa temporada e definindo as vagas para o próximo Mundial de Magic. Muito estava em disputa, entre o seu nome na história do jogo, a vaga para o maior torneio do ano e, claro, os dólares da premiação. Tudo isso temperado por um novo Standard e um Histórico que continua basicamente o mesmo.

Falando da novidade, Kamigawa foi um lançamento de impacto para o Standard e Nova Capenna segue pelo mesmo caminho, com as cartas do novo set dando vida ao deck mais jogado no campeonato. O midrange que domina o Aquimia tentou estender suas azas para o Standard com o Esper e um pouquinho de Grixis. Para quem prefere jogadas mais explosivas o Naya Runes continua um ótima pedida acompanhado de um novo competidor, o Jeskai Storm, com uma ferramenta conhecida no Dragão da Ponte Dourada.

No Histórico tivemos basicamente o mesmo de sempre e o que todos esperavam. Fênix e Food no topo são certamente os melhores decks do formato, mas, pelos números, os pássaros não são muito bons em viver com um alvo em suas costas. Auras também teve uma performance bem fraca. Quem se deu bem foi a combinação de cores Selesnya, embora com poucos pilotos, que teve bons resultados com os Humanos e os Encantadores.

Falando de performances individuais, o prato principal era a corrida tanto nas Ligas quanto dos desafiantes pelas vagas no Mundial. Infelizmente nossos brasileiros ficaram por um triz mas não se classificaram.

Numa nota em tom de pesar, Carlos Romão basicamente confirmou que está se afastando do Magic. PV também publicou uma nota em que explicou como esse fim de temporada deixou um gosto amargo. É impossível não pensar que o que dizem estas duas lendas do Magic brasileiro está diretamente ligado ao fim do sonho profissional, por mais que a nova estrutura de Jogo Organizado tenha sido louvada, e às dificuldades adicionais que os jogadores do nosso país enfrentam nesse cenário apesar de o Brasil ser uma das regiões mais relevantes para a marca que devem continuar assim, infelizmente.

Voltando ao campeonato, o Top 8 foi divertido com disputas apertadas e uma grande variedade de decks presentes.Ao fim o alemão Jan Merkel, um grande veterano, ficou com o troféu e o título.

Assim terminamos mais um Boletim. Agora queremos saber de você. Está gostando dos previews de Portal de Baldur? E o que achou dos decks que despontaram no Campeonato de Nova Capenna? Sinta-se livre para nos contar usando a seção de comentários. Você também pode nos alcançar por nossa página no Facebook, Twitter ou Instagram. Obrigado pela leitura.

Thiago Santos dos Artesãos do Magic