Boletim dos Artesãos - Takahashi Campeão Mundial | Magic

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Publicado em 11/10/2021
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Olá e sejam bem-vindos a mais um Boletim dos Artesãos, equipado com tudo o que de mais importante acontece no mundo de Magic: the Gathering. Na edição de hoje o foco não poderia ser outro que não o 27º Campeonato Mundial de Magic, que reuniu 16 dos melhores jogadores da Temporada 2020-2021, então vamos logo saber tudo sobre este grande evento.

Uma Epifania em Comum

Começamos a contar a história deste campeonato Mundial pelo Metagame, que, como é característico do mundo de Magic, foi revelado com drama. O Mundial é um torneio com decklists abertas, isto é, os jogadores antes de jogar já sabem todas as cartas às quais o oponente tem acesso. Porém as decklists só seriam publicadas ao início do torneio, de forma que o fator surpresa não é totalmente eliminado. No entanto na terça-feira, dia 5, as decklists e arquétipos foram publicados por engano no MTG Melee, o que deu aos competidores três dias inteiros para testarem todas os embates possíveis com seus decks.

O fato de que as decklists foram publicadas antes foi muito prejudicial aos jogadores em geral, mas particularmente aqueles que traziam alguma técnica escondida para o torneio. Este é o caso de Noriyuki Mori, por exemplo, que levou ao campeonato o novíssimo Azorius Tempo de sua criação, o deck que mais fugiu do padrão. O MTG Melee se desculpou pelo ocorrido.

Voltando nossos olhos para o Metagame ele pode ser divido em duas porções: os decks de Epifania de Alrund e os decks hiper-agressivos, com a ausência clara de um verdadeiro Midrange.

Metagame Mundial

Os decks de Epifania de Alrund se separam entre as variações Grixis e Izzet, mas objetivam a mesma coisa, terminar o jogo ao tomar alguns turnos extras e atacar, seja com seus terrenos, alguma de suas criaturas, como Lier, Discípulo dos Afogados da versão Grixis ou um dos dragões da construção de Yuta Takahashi.

Em termos de diferenças, a variação Grixis inclui algumas Sendas e O Celestus para poder jogar Coagir e algumas remoções definitivas diretamente do deck principal. A versão Izzet coloca tudo na Epifania e ainda usa Iteração Galvânica que copia não só este feitiço, mas também os efeitos de vantagem de carta e as remoções em momentos chave.

A versão final, e digo isso em mais de um aspecto, é a versão Dragões, que carrega um pacote com Dragão da Ponte Dourada e Smoldering Egg // Ashmouth Dragon, cartas que podem vencer o jogo por si só. Além deles e dos turnos extras o deck age num papel clássico de controle, com diversas respostas situacionais. Só de ver a decklist preparada por Yuta Takahashi, cheia de mágicas com apenas 1 cópia, podemos perceber que seu sucesso seria difícil de duplicar.

Pelo lado Aggro os decks se separam entre os decks de Carruagem de Esika e os decks de Aspirante a Luminarca. Entre os de Carruagem temos o clássico Mono-Green, que simplesmente usa os melhores batedores do formato. Quando consegue jogar em curva o deck derruba seus pontos de vida com muita facilidade, e quando encontra resistência ele coloca suas engrenagens em ação, Carruagem, Wrenn e Sete e Classe: Guardião, para não perder o gás.

A variante do deck foi Temur Treasures, trazida por Jean-Emmanuel Depraz. O deck funciona basicamente como um Gruul Aggro com uma curva um pouco mais alta ao trazer algumas cópias de Dragão do Véu Lunar. O azul entra em ação por meio de contra-mágicas, que já aparecem no deck principal.

Nos decks de Aspirante também temos batedores eficientes, liderados pelo Adversário Intrépido, mas acompanhados do pacote de desrupção formado por Reidane, Deusa dos Dignos // Valkmira, Escudo da Protetora e Magilaçador de Elite. A variante do arquétipo, Azorius Tempo, foi trazida por Noriyuki Mori e adiciona o azul novamente para contra-mágicas, mas também para cartas que desaceleram os oponentes agressivos, como Esperança Evanescente.

Ao fim do torneio a sensação de todos foi que Epifania de Alrund é a carta mais poderosa do formato e que a única maneira de combatê-la é mesmo um deck hiper-agressivo, o que significa que não há espaço para os decks midrange no formato. Alguns jogadores já se disseram a favor do banimento do poderoso feitiço, mas para isso a Wizards precisa agir, e com Voto Carmesim a pouco mais de um mês de distância isso é algo difícil de se imaginar.

Yuta Takahashi Conquista o Mundo

Passando para o campeonato em si, ele com certeza foi um dos melhores torneios do ano para se assistir e o mais importante que os jogadores vão competir em muito tempo. Além da grande premiação, a possibilidade de ser eternizado em uma carta como vemos em Campeão Fervoroso e Magilaçador de Elite, estava em jogo.

O torneio começou com Draft de Caçada à Meia Noite e o Limitado, que estava sumido do cenário competitivo principal há algum tempo, deu um show. Toda a produção foi feita de forma que tanto os fãs do formato quanto os novatos sabiam o que de fato estava acontecendo o tempo inteiro. Tudo foi feito de uma maneira muito instigante e vimos os jogadores draftarem seus decks e depois jogarem com eles.

Essa etapa também foi interessante, pois, num torneio tão pequeno, com poucas rodadas, o corte para o Top 4 eliminatório pode ser apertado. Ondřej Stráský, por exemplo, começou muito bem com um 3-0 nesta porção. O nosso brasileiro que buscava o bicampeonato, Paulo Vitor Damo da Rosa, fez um 2-1 razoável com o deck que draftou. Já Yuta Takahashi começou a porção de Construído com um 0-3 amargo.

Os rounds restantes eram só de Standard e os jogadores ficaram à mercê dos decks que escolheram. Ondřej Stráský continuou com seu passeio e se classificou para o Top 4 com um recorde invicto impresionante. Quem também buscou uma campanha de redenção invicta foi Yuta Takahashi, que pilotou seu Izzet Dragons com maestria e venceu as 7 rodadas seguintes depois de ficar contra a parede no Draft. Yuta não podia e não queria perder, então ele só não parou de ganhar.

Para finalizar o Top 4 tivemos algumas disputas de desempate intensas, algumas entre companheiros que testaram juntos, mas Jan Merkel e Jean-Emmanuel Depraz conseguiram cravar suas vagas. PVDDR teve um Dia 1 muito bom, virando entre os primeiros, mas caiu de rendimento nos rounds finais ficando de fora da disputa pelo Top 4 e com uma campanha final de 4-6.

Top 4 Mundial

Já no domingo, na disputa de Top 4, Ondřej Stráský, invicto no suiço, infelizmente esfriou e perdeu tanto a rodada inicial quanto sua chance na repescagem e foi eliminado. Takahashi por outro lado continuava quente como o sol e venceu duas seguidas para ir para a grande final.

Na parte de baixo do torneio Jean-Emmanuel Depraz teve de batalhar repetidamente contra Epifania de Alrund. Primeiro contra o Izzet de Ondřej Stráský, que ele derrotou, e logo em seguida contra o Grixis de Jan Merkel, que ele também despachou. Isso apenas para ter uma chance numa revanche contra Yuta.

Foi uma boa luta pela perte de Depraz, mas este campeonato era de Takahashi e seu Izzet Dragons. O japonês transformou seu início 0-3 num absolutamente inacreditável 11-0, não perdeu nenhuma partida de Standard, e se sagrou Campeão Mundial.

Deck Yuta Takahashi - Magic World Championship XXVII - Arena Standard

Lista do campeão

Autor: MYPCards

 

O torneio como um todo foi incrível, tanto dos jogos quanto das histórias presenciadas. É uma pena que PV não tenha conseguido defender seu título, mas a conquista de Yuta Takahashi mais que compensou isso. Tomara que mais momentos como estes nos aguardem no futuro!

Assim finalizamos mais um Boletim! Agora queremos saber de você. O que acha do Standard do Mundial? Você é um dos que joga com Epifania ou contra ela? E o que achou da campanha de Takahashi, invicta no Standard? Sinta-se livre para nos contar usando a seção de comentários. Você também pode nos alcançar por nossa página no Facebook, Twitter ou Instagram. Obrigado pela leitura.

Thiago Santos dos Artesãos do Magic

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