Boletim dos Artesãos - Reclamation Invade o Histórico | Magic

Escrito por
Publicado em 03/08/2020
1162 Visualizações, 0 Comentários.

Olá e sejam bem-vindos a mais Boletim dos Artesãos, fechado com o que de mais importante acontece no mundo de Magic: the Gathering. Nesta semana temos o resultado do Top 8 das finais do Players Tour com os embates finais de Reclamation no Standard, antes de o deck se mudar para sua nova casa, o Histórico. Além disso, Double Masters foi totalmente revelada com bastantes reprints relevantes. Vamos lá!

Kristof Prinz Vence as Finais do Players Tour num Belo Show

O grande evento competitivo deste fim de semana foi o Top 8 de eliminação dupla das Finais do Players Tour. O sentimento geral ao conferir o metagame era que essa seria uma disputa entre os decks de Reconquista da Natureza e os decks feitos para combater Reconquista da Natureza, com as categorias sendo igualmente representadas.

Não foi isso o que aconteceu nas quartas-de-final, no entanto, pois o sorteio definiu que teríamos um mirror já nessa fase, e um envolvendo o brasileiro Patrick Fernandes. Nesta partida Kristof Prinz continuou a história que estava escrevendo no fim de semana anterior, de que o melhor deck contra Reconquista é outro deck Reconquista, vencendo a partida.

Em outro confronto muito interessante tivemos Riku Kumagai com seu Mono-Black Aggro que destruiu Temur no suíço teve que enfrentar um Azorius Control de Raphaël Lévy. Infelizmente para o francês o preço de Yorion, Nômade Celeste como companion apareceu e ele não comprou nehuma cópia de Estilhaçar o Céu enquanto era massacrado pelas criaturas do oponente.

Empareamento PT Finals

Na parte de baixo do torneio Patrick Fernandes teve de enfrentar mais dois mirrors de Reconquista. O primeiro foi contra Weitz, que desceu ao perder contra o Jund Sacrifice de Larsen, do qual ele saiu vitorioso. O mesmo não se repetiu, infelizmente contra Allen Wu, e o brasileiro deu adeus ao torneio.

Enquanto isso na parte de cima, Kristof Prinz e Riku Kumagai continuaram sua sequência de vitórias e se enfrentaram para decidir quem pegaria a primeira vaga da grande final e Prinz mostrou que sua construção era capaz de suportar toda a disrupção trazida por Kumagai. Assim Kumagai desceu para enfrentar o único outro aggro do campeonato, pilotado por William Jacob, que venceu os outros decks que não eram de Reconquista, antes de eliminar Allen Wu numa revanche das quartas de final.

Kumagai mostrou domínio completo do embate, mesmo tendo cartas essencialmente mortas em seu deck no jogo 1 em Coagir e Pirata de Aeroveleiro. Ele foi capaz de aplicar pressão sobre o oponente, quebrar o impasse no campo de batalha com suas criaturas evasivas, como Rankle, Mestre das Peças, e ainda segurar peças de interação para uma possível Winota, Agregadora de Forças de Jacob. Assim vieram duas vitórias relativamente rápidas.

Ficou definido então que a grande final do torneio seria entre o 4Color Reclamation de Kristof Prinz e o Mono-Black Aggro de Riku Kumagai, o terceiro encontro dos jogadores no campeonato, mas desta vez numa disputa de melhor-de-3 partidas.

Kumagai começou mostrando que podia, sim, vencer uma partida contra Prinz, e adquirindo uma vantagem considerável, já que vencer duas partidas consecutivas contra um deck desenhado para combater o seu próprio não seria missão fácil para Prinz.

Não seria fácil, mas foi possível. Prinz cometeu o mínimo de erros possível e também contou com a sorte para comprar suas únicas saídas a ataques letais de Kumagai, incluindo uma Explosão para 20. Assim ele se sagrou campeão das Finais do Players Tour 2020.

Prinz Campeão PT Finals

Reconquista no Histórico

Com o último grande evento do Standard ficando no passado por enquanto, os jogadores voltaram seu foco para o Histórico, formato do Invitacional que acontece mês que vem e também do Aberto do Arena deste último fim-de-semana.

O deck mais comentado no começo da semana era sem dúvidas o Mono-Red Goblins, que balançou o formato com seu “combo de uma só carta” Muxus, Goblin Grandee. Não importa que seja no turno 6, conjurado naturalmente, ou antes, acelerado através de Prospector de Skirk e Comandante de Guerra Goblin, se Muxus entra em campo é quase certeza de que um ataque letal estará disponível.

Mono-Red Goblins

Além disso, mesmo que o Grandee não seja visto na partida o deck tribal consegue se segurar bem como um Aggro  competente, com acesso um outro lorde poderoso em Chefe Goblin e vantagem de cartas em Bisbilhoteiro Chamativo e Goblin Ringleader.

A fraqueza principal do deck está em efeitos de cólera em velocidade instantânea, o que é um tanto quando restrito no formato, mas há um deck que possui em abundância, e esse seria o Temur Reclamation.

O deck é quase idêntico ao que já nos habituamos e cansamos de ver. De fato, sem olhar os terrenos apenas 7 cartas não são legais no Standard. Primeiro 4 cópias de Explorar, o que reforça o quão poderoso é o efeito de Espiral de Crescimento. As outras 3 são cópias de Magmamoto, que nesse deck consegue lidar com quase qualquer campo de batalha.

Mas o segredo do deck está justamente nos terrenos que ignoramos por um momento, já que vemos Campo dos Mortos presente. A carta adiciona a inevitabilidade de um exército de Zumbis no fim do jogo e aglutina o campo de batalha no meio, protegendo os pontos de vida.

Temur Reclamation

Temur Reclamation mudou a história do Histórico e agora é o assunto mais quente como o melhor deck de dois formatos. E isso não é só papo, como vemos no recente Aberto do MTG Arena Zone, onde o deck foi 15% do campo de 111 competidores com assustadora taxa de vitórias de mais de 70%.

O Invitacional Mítico acontece de 10 a 13 de Setembro e, se o formato continuar no rumo que está, podemos esperar anúncios de B&R antes disso.

Nota: No dia 3 de agosto, segunda, houve um anúncio de B&R que impactou o Histórico banindo Reconquista da Natureza e Teferi, Manipulador do Tempo. Assim, Muxus, Goblin Grandee deve ser o caminho padrão para quem quer vencer enquanto o formato se restabelece.

Double Masters Revelada

Chegou ao fim a temporada de previews de Double Masters e o set foi completamente revelado. Antes mesmo de todas as cartas serem conhecidas a coleção já havia sido foco de controvérsias pelo preço dos produtos, cerca de U$15 por booster de Draft e cerca de U$100,00 por um booster VIP.

Raras e Míticas de Double Masters

Para justificar uma compra nesses preços o set deve estar cheio de reprints valiosos, mesmo abrindo duas raras/míticas por pacote, e isso é verdade, pelo menos em partes. A maior parte do valor da coleção se concentra nas míticas, como esperado, e dessa vez apenas 9 das 40 estão abaixo de U$7,00. As raras do set também tem valor sólido, em torno de U$4,00 na média, com a possibilidade de abrir algumas de nível de preço mais alto, como Fenda Ciclônica.

Fechando os itens mais caros do set temos os Box-Toppers, cartas que virão com artes alternativas e tratamento especial sem borda ou com borda extendida. Aqui está o jackpot do set, já que abrir qualquer uma dessas te deixa na casa de no mínimo U$20,00, com muitas sendo negociadas acima das centenas de dólares.

Box-Toppers Double Masters

De modo geral o set tem reprints sólidos, não apenas cartas caras por baixa oferta, mas também por alta demanda, o que é bom, já que quanto mais ele for aberto , mais suas cartas se tornam acessíveis

Assim acaba mais um Boletim. Você assistiu às Finais do Players Tour, o que achou? Já experimentou o Temur Reclamation no Histórico? O que acha do estado do formato? E vai rodar a roleta em um booster de Double Masters? Sinta-se livre para nos contar usando a seção de comentários. Você também pode nos alcançar por nossa página no Facebook, Twitter ou Instagram. Obrigado pela leitura.

Thiago Santos dos Artesãos do Magic

Comentários

Usamos cookies para personalizar conteúdos e melhorar a sua experiência. Ao navegar neste site, você concorda com os nossos termos de uso.