Boletim dos Artesãos - PV Campeão Mundial | Magic

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Publicado em 17/02/2020
1173 Visualizações, 2 Comentários.

Olá e sejam bem-vindos a mais um Boletim dos Artesãos, cabal com o de mais importante aconteceu no mundo de Magic: the Gathering. Tivemos nesse último fim de semana o que talvez foi o maior campeonato de Magic de todos os tempos, com uma premiação total alcançando U$1.000.000,00 e a disputa pelo título de Campeão Mundial. Toda a atenção estava voltada para Honolulu no Havaí, então vamos logo saber o que aconteceu por lá.

Os Decks do Mundial

O 26º Mundial de Magic adotou um formato misto, com Draft nas primeiras rodadas, e marcou o retorno do Standard ao circuito do alto nível. A última vez que tínhamos visto o formato foi no Campeonato Mítico VII, vencido por Piotr Głogowski com Jund Sacrifice. Desde então muito tempo passou e Theros: Além da Morte foi lançada.

Com um campo reduzido de 16 jogadores poucos arquétipos eram esperados no campeonato, apenas aqueles decks que estão no absoluto topo do formato tinham alguma chance de aparecer. E com competidores de tão alto nível a escolha também dependeria muito da expertise e conforto dos jogadores com cada deck, afinal não seria prudente confiar que seu oponente cometeria erros.

Assim tivemos representantes dos 5 decks mais populares do formato no momento, com os jogadores gravitando fortemente em torno de 4 deles e um outsider para completar a lista.

Três dos decks focavam seus esforços em encontrar uma carta que, quando entrasse em campo de batalha, se tudo corresse bem, ganharia o jogo sem dificuldades. Esse é o caso de Temur Reclamation, focado, é claro em Reconquista da Natureza, que vem sendo uma força no Standard desde Simic Nexus.

O deck agora não se apoia mais em turnos infinitos e sim maximizar o uso de sua mana com batedores pesadíssimos, como Uro, Titã da Ira da Natureza e Krasis Hidroide, na sua etapa principal e levar a disrupção ao turno do oponente, com Caloteiro Descarado // Pequeno Furto e Intervenção de Tassa, e ainda a possibilidade de um boom com uma Expansão // Explosão gigante na etapa final.

Autumn Burchett, Jean-Emmanuel Depraz, Chris Kvartek, e Matias Leveratto escolheram esse deck para o campeonato.

Seguindo no tema temos o Jeskai Fires, que também se apoia em um encantamento de custo 4 que te permite trapacear um pouquinho em termos de mana. Assim que Fogos da Invenção entra em campo, preferivelmente no turno 4, o deck deve prover uma enxurrada de ameaças gigantescas, como os Cavaleiro da Chama e Cavaleiro dos Vendavais e o próprio monarca Kenrith, o Rei Regresso.

A grande novidade no deck é a inclusão de um drop-6 que é discutivelmente a melhor carta de Theros: Além da Morte, Arrasta-sonhos. Uma vez que a esfinge chega, é uma tarefa hercúlea movê-la de lugar, e ela provê uma fonte contínua de vantagem de cartas além de pontos de vida em cada ataque.

Marcio Carvalho, Javier Dominguez, Raphael Levy e Gabriel Nassif levaram os Fogos ao Havaí.

O último deck nessa categoria é o Mono-Red Aggro e a carta trunfo do deck é a Brasolâmina, que transforma a mais miúda das criaturas em  um poderoso atacante. O foco do deck é curvar criaturas que possam empunhar a arma nos primeiros turnos do jogo enquanto pressiona os pontos de vida do oponente.

Duas novidades merecem destaque nas listas que foram registradas. A primeira delas é Anax, Temperado na Forja, que serve duplo propósito como um atacante excelente e uma proteção contra efeitos de cólera, gerando um bando de sátiros quando atingido por eles. A segunda é a ausência do clássico Choque, ruim na maioria dos confrontos esperados para o campeonato.

Andrea Mengucci, Eli Loveman, Seth Manfield, e Sebastian Pozzo comandaram o calor no Mundial.

Tivemos um lobo solitário no campeonato, Piotr Głogowski, que resolveu recorrer ao deck que o classificou para buscar a vitória. A estratégia central do Jund Sacrifice não mudou, coloque o Familiar do Caldeirão no Forno da Bruxa e depois incremente a receita com Diabo do Pandemônio ou Korvold, Fae-Cursed King. Nos espaços flexíveis vemos a inclusão de Remorso Agonizante, um poderoso efeito de descarte que pega tudo.

O último deck registrado é o que tenta parar todas as interações e cartas que citamos acima, o eterno Azorius Control. Dessa vez ele assumiu uma forma recheada de encantamentos providos por Theros que vão desde vantagem de cartas, com Augúrio do Mar, a remoções, com Elspeth Derrota a Morte. Além disso o par de planinautas Teferi, Manipulador do Tempo e Narset, Rasgadora de Véus continua muito relevante.

O deck foi considerado por próprios competidores a melhor lista da competição e foi a escolha de Ondrej Strasky, Thoralf Severin e do brasileiro Paulo Vitor Damo da Rosa.

Deck UW Control - Arena Standard

Paulo Vitor Damo da Rosa 1º Lugar Mundial de Magic XXVI

Autor: artesaosdomagic

 

Paulo Vitor Ascende ao Topo do Magic

16 jogadores competiam pelo prêmio final de U$300.000,00 e, claro, o título único de Campeão Mundial de Magic: the Gathering. Apesar de chegarem por diferentes caminhos, todos estavam em pé de igualdade ao início do torneio.

Competidores Mundial

A estrutura do campeonato parecia muito complicada no começo, com vários detalhes que mudariam drasticamente seu caminho a depender de sua campanha, mas logo ficou claro que o número mágico era 2. Com 2 vitórias você subia ao grupo de vencedores e continuava jogando, com 2 derrotas você descia aos perdedores, podendo ser eliminado. Então a missão era simples: continue ganhando.

Porém antes de qualquer eliminação tivemos duas corridas de partidas, a primeira envolvendo o Draft de Theros: Além da Morte e a segunda dando um gosto de Standard. Inofensivas a princípio, essas corridas dariam ampla vantagem a seus vencedores, já que não haveria um reset em nenhuma fase. Caindo uma vez sequer para o grupo de derrotas seu caminho ficaria muito mais difícil.

Dessas corridas emergiram os primeiros classificados ao Top 8, na parte de cima: Marcio Carvalho, Eli Loveman, Paulo Vitor Damo da Rosa e Seth Manfield. Mais uma corrida de Standard definiria quem avançaria ao ao Dia 2 e nela grandes nomes foram eliminados, que incluíram o então Campeão Mundial, Javier Dominguez, além de Matias Leveratto, Andrea Mengucci e Ondrej Strasky.

No Dia 2 começamos com mais uma corrida que definiu o Top 8, com Sebastian Pozzo, Jean-Emmanuel Depraz, Autumn Burchett e Gabriel Nassif fechando a parte de baixo do que seria uma mata-mata de eliminação dupla como estamos acostumados. O detalhe é que todos os confrontos em que um jogador poderia ser eliminado seriam disputados em melhor-de-3 partidas, não apenas jogos.

Na parte de cima PV e Márcio se mantiveram firmes na missão, avançando para o Top 4 de domingo, sendo que o português estava invicto no campeonato e o brasileiro só perdendo uma partida, justamente para Márcio.

A parte de baixo foi um deleite aos fãs, com jogos de alto nível e emoção em todos os momentos. Ao fim o peso e a expertise dos membros do Hall da Fama se provou mais uma vez com Gabriel Nassif, e Seth Manfield completando o Top 4.

Top 4 Mundial

O domingo começou com mais um duelo em língua portuguesa e nessa revanche o Brasil levou a melhor e Paulo Vitor se classificou à grande final. Do embate de baixo Manfield saiu vencedor, mas Carvalho estava determinado a levantar o troféu, de forma que mandou o estadunidense embora em três partidas logo em seguida.

A final, então, seria mais um embate entre Márcio e Paulo, que estavam 1-1 nos confrontos diretos no campeonato. Paulo precisaria de vencer duas vezes para adicionar ao seu currículo o único título que ainda não possuía. Por vir da parte de baixo Márcio precisaria de três vitórias para deixar para trás o histórico de vice.

Tudo começou bem para PV, jogos perfeitos renderam um 2-0 que o deixou a uma partida de ser campeão. Márcio respondeu na mesma moeda com seu próprio 2-0. Sempre ciente do desafio a sua frente o português manteve o foco e repetiu o feito para ficar 2-1 em partidas, forçando um último embate.

Paulo Vitor colocou a determinação de Carvalho à prova ao vencer o primeiro jogo da partida final, ficando a apenas um de distância do título. Carvalho novamente tinha a resposta vencendo a seguinte e levando tudo para um jogo decisivo.

Então Márcio foi apresentado a uma escolha de alto risco ao manter uma mão com apenas dois terrenos e nenhuma mágica que pudesse ser conjurada deles e ele decidiu arriscar, tudo que ele precisava era de algumas fontes de mana vermelho e branco. Caso a aposta desse frutos seria a maior recuperação da história do Magic.

A primeira etapa de compras veio e nada. Na segunda novamente nada e o desespero tomou forma quando ele teve de descartar para se manter com 7 cartas na mão. Do outro lado PV continuou seu jogo, calmo e preparado para responder o que quer que viesse a seguir.

Isso não foi necessário, no entanto, pois Márcio Carvalho, ao ver que não mais nenhuma chance, concedeu o jogo, a partida e o título e Paulo Vitor Damo da Rosa se tornou Campeão Mundial de Magic: the Gathering.

PVDDR Campeão Mundial

O título tem uma porção de grandes significados. É o troféu que faltava na coleção, a premiação que o coloca inalcançável em ganhos provenientes do jogo por um bom período e talvez a vitória definitiva para declará-lo o Melhor de Todos os Tempos. Tudo isso empalidece no momento para Paulo. Agora ele é um jogador que realizou seu sonho.

Assim finalizamos mais um Boletim depois de um fim de semana incrível de competições. Parabéns Paulo Vitor Damo da Rosa que trouxe o título de Campeão Mundial ao Brasil mais uma vez! E você, o que achou do campeonato? Qual o seu jogo favorito? Qual momento mais te marcou? Sinta-se livre para nos contar usando a seção de comentários. Você também pode nos alcançar por nossa página no Facebook ou Twitter. Obrigado pela leitura.

Thiago Santos dos Artesãos do Magic

Comentários

lfgcampos comentou em 21/02/2020 19:43:49

PV monstro demais!!

Ponce comentou em 17/02/2020 12:15:31

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