Report - Classificatório LaTam Magic Series Modern | Magic
Escrito por Buffix
Publicado em 16/09/2019
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"Guess who back, back again"
-Slim Shady
Oi pessoas, como vocês tem passado?
Thiago Yudi Watanabe aqui, vim trazer um report falando sobre o campeonato que ocorreu no último sábado dia 14 de setembro de 2019. Esse torneio Modern contou com 12 jogadores na Lojabat, em Londrina. O intuito deste report é contar um pouco da minha experiência com o formato e como foram os jogos dentro da rodada do suiço e top 8. A minha escolha de deck foi o Eldrazi Tron, que foi o único deck que montei no formato, começando a jogar com ele há um ano atrás. A lista atualmente é a seguinte:
Deck Eldrazi Tron - Modern
1º Lugar LaTam Magic Series Modern
Autor: Buffix
Main (60 cards)
Side (15 cards)
Acredito que não há nada de muito novo na lista, utilizei Torpor Orb devido ao fato de que esperava deck de Stoneforge Mystic e Soulherder aparecessem, o que acabou não sendo o caso, mas melhor previnir do que remediar. Acordei 9h50 e o campeonato começava às 10:00 então eu me lembro muito pouco do começo do campeonato, mas vamos tentar falar um pouco sobre as rodadas do suiço:
Match 1 - UR Gifts Storm
Na play, a match foi relativamente fácil. primeiro jogo após o oponente descer um baral eu consegui trincar o tron e fazer um cálice para 2, desligando a maior partes dos rituais como Ritual Desesperado, Ritual Pirético e Manamorfose. Um Vidente do Nó do Pensamento revelou dois Gifts Ungiven na mão mas acabei fechando o rápido o jogo pela falta da terceira land na mão adversária. Segundo jogo eu abri com uma Leyline of the Void e removals para Goblin Electromancer e Baral, Chefe da Conformidade. Consegui pressionar bem com um Matter Reshaper e um Vidente, obrigando meu oponente a gastar uma Metralha para matá-lo e finalizei com um Reality Smasher. Nota importante, o Claudio que foi minha segunda match viu o deck que estava jogando pois estava de bye, o que foi bem importante na segunda rodada.
Match 2 - Mardu Death Shadow
Segunda match foi contra o Claudio Miranda, jogador experiente e forte dentro do cenário competitivo do Paraná. Nunca havia jogado contra ele até então, mas sempre via suas matches em PPTQs e realmente sabia que era um oponente forte. Game 1 ele keepou sem mulligar e na play. Eu não sabia contra qual deck estava jogando e nesse ponto essa informação era crucial. Minha primeira mão era:
Blast Zone - Urzas Power Plant - Urzas Power Plant - Thought-Knot Seer - Thought-Knot Seer - Reality Smasher - Karn, the Great Creator
Não era uma mão ruim. Era uma mão que contra decks "justos" como Jund eu manteria por ser imune a Inquisition of Kozilek e forte contra decks de Stoneforge Mystic caso eu comprasse um Templo dos Eldrazi ou as duas outras peças do Tron. O problema é que essa é uma mão que eu enxergo como uma derrota automática contra decks "injustos" de qualquer natureza de combo ou até mesmo decks extremamente agressivos como burn. Mulliguei a 5 e acabei com uma mão assim:
Blast Zone - Blast Zone - Reality Smasher - Karn, the Great Creator - Matter Reshaper
Claudio abriu de Hex Parasite, Mardu Death Shadow. Dois Tidehollow Sculler tiraram qualquer possibilidade de interação e mesmo em uma troca com Matter Reshaper ele fez um Unearth tirando um All Is Dust e me colocando em xeque sem possiblidade de responder a board. O Hex Parasite tirando marcador das Blast Zones tbm não deixou eu conseguir tirar qualquer ameaça da board e acabei perdendo.
Game 2 eu não me lembro muito bem como foi. Lembro que acabei numa situação que comprei uma Leyline of the Void e novamente os Tidehollows Scullers foram o suficiente para ruir qualquer possibilidade de interagir com o deck. Soubesse do deck dele, talvez eu não tivesse mulligado no game 1 mas é a vida.
Match 3 - UW Control
Match contra controle é razoavelmente favorável para o Eldrazi Tron. Game 1 trinquei o tron usando um Mapa da Expedição e usei um segundo mapa para buscar Caverna das Almas, pressionei bem com Thought-Knot Seer e Karn, the Great Creator. Game 2 eu perdi para uma Baneslayer Angel que levou o jogo sozinho após mulligar para 6 e jogar um Dismember para o fundo. Game 3, Ugin, the Ineffable foi decisivo para ganhar a partida, pressionando muito mesmo em cima de uma Esfera Amortecedora. Incrivelmente, todas as vezes que vejo a discussão sobre Eldrazi Tron, os jogadores dizem que é a única match que o deck literalmente não usa o side e joga sem alterações nos games. Joguei errado em alguns momentos que poderia ter estourado Território dos Necrófagos anulando a habilidade do Snapcaster Mage. Eu sei, jogo mal.
Match 4 - UW Paolo de Pégasus
Bom e velho colega, Paolo sempre jogou na cidade de Tron e decidiu jogar de UW controle no campeonato. Game 1, Chalice of the Void para X=1 e logo depois um Thought-Knot Seer tirando um Teferi, Time Raveler. Fechei o jogo relativamente rápido. Game 2 um Jace, the Mind Sculptor tomou controle da situação. Game 3 eu levei a melhor com um Karn, the Great Creator e Liquimetal Coating estourando as lands dele. Classifiquei em 5º lugar.
Top 8 - Mirror (Eldrazi Tron)
Joguei contra um dos quatro ou cinco Eldrazi Trons que estavam no campeonato no dia. O deck ganhou bastante popularidade por ser o que muitos acreditam utilizar melhor o potencial do Karn, the Great Creator. Entretanto a experiência com o deck fez a diferença nessa match. Trinquei o Tron Game 1 e fui usando Liquimetal Coating para parar qualquer possibilidade do meu oponente jogar. Game 2, após tutorar meu Liquimetal Coating, ele tirou com o Thought-Knot Seer não sei por qual motivo e desceu uma Ensnaring Bridge. Meu plano era tirar o Karn dele por medo da Treliça Micossintetizadora. Subi com o Karn na ponte, transformando-o em uma criatura 3/3 e dei uma Contorção Espacial e um Dismember no TKS dele e matei o Karn com o meu TKS, dali pra frente o jogo estava ganho.
Top 4 - Boros Burn
Lembra o que eu falei sobre decks injustos? Essa matchup é um pesadelo para mim mesmo com Cálice do Vácuo uma vez que cartas como Skewer the Critics e Rift Bolt saem do CMC 1. Game 1 eu ganhei na play, valorizando cartas como Matter Reshaper e Thought-Knot Seer. Game 2 eu fui a 6 de vida com 2 Rift Bolt suspensos e concedi. Game 3 meu oponente mulligou a 5 e eu fiz a festa e acabei fazendo o lock com Treliça Micossintetizadora com dois de vida e um Cálice do Vácuo para dois na mesa.
Final - Mardu Death Shadow
Na final foi contra ele, o grandioso, a lenda, o motivo do meu 3-1 no suiço: Claudio. Eis a revanche, a chance de redenção, o momento da batalha final. Brincadeiras à parte, game 1 foi bem desanimador. Fiz uma Urzas Power Plant na play e ele fez fetchland+shockland e um Hex Parasite. O pesadelo aconteceu quando eu fiz minha segunda Power Plant, uma Balista Ambulante para X=1 e tentei matar o Hex Parasite dele. Claudio pondera por alguns segundos, olha para seu caderno, olha para mim e diz "paguei 12 de vida", eu me senti pior que atriz pornográfica em cena com o Kid Bengala acabei perdendo para um Deaths Shadow no turno seguinte 8/8 e no turno seguinte ele fez uma Sacred Foundry + Temur Battle Rage batendo 20.
Game 2 eu abri com Leyline of the Void na mão inicial e consegui fazer muitas trocas boas, impedindo um Gurmag Angler de entrar no jogo, eu finalizei com um Reality Smasher
Game 3 eu abri novamente com Leyline of the Void e o jogo foi bem intenso. Foi necessário um Ugin, the Ineffable, Blast Zone e 2 dismember bem colocado pra conseguir segurar o jogo. Lembro que fiz um Chalice of the Void para 3 por medo do Capitão-patrulheiro de Eos, Kolaghans Command e Liliana do Véu, Claudio deu Abrade mas os dois só compravam lands. Ele passou sem nada na board, com 10 lands e eu comprei um Karn, the Great Creator. Busquei uma Balista Ambulante e castei ela para X=7 dando exatamente o letal. GG Claudio. Um dinheiro bom para ajudar na viagem para SP no final do ano e uma canequinha da loja foram um bom jeito de terminar a tarde.
Foi um torneio bom, não acredito que esteja preparado ainda para jogar o LaTam Series em SP mas pretendo treinar o máximo que puder até lá e representar não somente Londrina. Uma filosofia que eu sempre levo para mim é que cada jogo ganho em campeonato é um ato de levar consigo para os próximos jogos todas as esperaças dos meus oponentes. É idiota e infantil mas ir para São Paulo no final do ano é levar comigo o que eu aprendi com o Claudio, com o Paolo e todos os outros que jogaram nesse sábado. Eldrazi Tron foi um deck que sempre esteve comigo desde os primeiros dias que eu resolvi jogar modern e vai continuar sendo meu deck favorito para sempre. Ele representa muitas coisas, entre elas amizade. Tenho dois Cálice do Vácuo assinados no deck por meus melhores amigos e o valor delas é inestimável. Agradeço a todos pela leitura e nos vemos nos campeonatos pessoal!
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